quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pesadelo

O que há em seus olhos que os deixam cinza, criança?
Cinzas do Mar de irrealidades
Cinzas da crença irredutível
Cinzas da não-dúvida
Cinzas do silêncio

Pra onde você está olhando agora?
Você está aqui?
Não, não está
Aliás não está em nenhum lugar... no nada

Nada e busca emergir desse turbilhão que te tem afogado
Cadê as suas forças?
O que você busca?
Você desistiu?

Pense
O mar é seu, criado por você
Aprenda que o viver é isso
Decisões e conseqüências são uma só
Reflita sempre, sempre, sempre, criança

Não temos uma segunda chance no ato
Só poderá ser feita uma escolha
E esta é irredutível
Já aconteceu? Não se pode voltar?
Cresça, criança, cresça!

Já não existem somente risos espontâneos
Já não existem choros translúcidos
Nem olhos em cores expressivas
Vamos, veja se você consegue

Emirja. Logo! Vamos! Não há tempo!
Não há tempo
Já está mais do que tarde
Já é tempo de acordar