Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz quem sabe eu só levo a certeza
de que muito pouco eu sei
Nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pára poder sorrir
É preciso chuva para poder florir
Sinto que seguir a vida seja simplesmente
Conhecer a marcha, ir tocando em frente.
Por um velho boiadeiro levando a boiada,
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
Estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor para poder pulsar
É preciso paz para poder sorrir
É preciso chuva para florir
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora, um dia a gente chega.
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua própria historia
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz...
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor para poder pulsar
É preciso paz para poder sorrir
É preciso chuva para florir
Sinto que seguir a vida seja simplesmente
Conhecer a marcha ir tocando em frente.
Cada um de nós compõe a sua própria historia
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz
Espaço para se discursar sobre diversos assuntos úteis ou inúteis, isso depende do ponto de vista, o que importa é o diálogo!
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Tocando em frente ( Renato Teixeira)
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Cheio, vazio, enchendo-se outra vez aos poucos
Um dia aprendo
Um dia desperto
Um dia vivo
Um dia morri
E morro buscando
Mesmo sabendo que nada mais há
Para que se encontre
Aliás nunca houve
Aí esqueço-me das horas
Desligo o despertador
Apago as letras do caderno
As velas do candelabro
Fecho os olhos
Vou para longe
Estradas indesbraváveis
Escuras
Paro
Levo algum tempo no bolso
No momento eles não correm
Dobro as palavras
O que ouvi mastigo
E transformo em um pouco de mim
O que li jogo nos meus cestos
Balaios de palavras
E as conservo
O que não falei ou não percebi
Arrependo-me
Mas os deixo a mercê da memória
No arquivo morto junto aos dados
Dados da sorte que nunca me sorri
Volto
Ando até o mar
Sento numa pedra
Sussurro os meus segredos
Faço dele meu confessionário
E com o nada segredos seguem
Para lugar nenhum
Essas minhas histórias emudecem
Sobrepõe-se o som do mar
Depois se dispersam, mas não somem
Acordo
Levanto
Desmonto
Castelos de areia não duram para sempreAreia aos olhos incomodam
Água se passa
Olhos se abrem
Luz reaparece
Recomeço
De outra maneira
Tudo seca e se refaz
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Como os nossos pais (Elis Regina)
Não quero lhe falar meu grande amor
das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
e tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor
do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem,
há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado
prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade,
não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua
cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança
é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber
que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles
não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que 'eu tô por fora
ou então que eu tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia
de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus
contando vil metal
Minha dor é perceber
que apesar de termos feito
tudo, tudo, tudo que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais!
sábado, 8 de novembro de 2008
Intrigadas interrogações
Assim como tudo se expande, mas em algum momento se contrai ou contrair-se-á, assim como todos os planetas voltas dão, mas em algum momento passam pelo mesmo lugar sei que (re)visito diversas idéias carregadas do mesmo significado dado a séculos. Não sei se isso é bom ou ruim, o que é bom ou ruim? Como saber qual o certo ou o errado? Se o que é certo para mim pode ser o errado para você ou o contrário. Como atingir uma verdade plena se nunca ninguém nos revela tudo o que sabe, só conhecemos aquilo que as pessoas querem nos mostrar e nem sempre essa vitrine é verdadeira. Até mesmo essas palavras, essas que acabo de escrever, estão passíveis de outras interpretações que não sejam as que eu gostaria de transmitir depende da intenção do leitor, do que busca o leitor nessas breves palavras, nisso eu tenho que concordar. Como encontrar o sincero então, como achar os raros, aqueles que são o que são e não o que dizem ser? Eles existem? Onde se encontram? Como descobri-los?
No momento vejo que estou sem ter onde apoiar-me, a cegueira cessa, mas me encontro em caminhos de fumaça, em mar bravio, numa nau sem velas. Qual será a sinalização necessária para que encontre em meio a neblina o visível? Joguem-se cordas, cordas de conhecimento, joguem-se palavras que tentarei decifrá-las, quem sabe eles serão a saída, se é que saída existe. O quê existe? O que é de fato real nesse mundo de farsas?
Dúvidas, duvidas? Divida-as
Hermético achas? Ou não compreendes?
Nem precisa
São devaneios
Digressões que possuem contexto, mas no momento não os explico
Omito
Não importa também, o quê importa?
São tantas as prioridades
Aliás quais virão primeiro?
As prioridades das prioridades, será possível?
Tentemos uma encontrar:
Vida penso.
Que vida tenho? Qual vida aspiro?
Vida é vida oras não é preciso caracterizá-las
E nem há uma que se sobreponha a outra e possua mais significado
Pois são singulares e plurais simultaneamente
Mas é preciso escolhas
Quais as certas?
Nunca sei, nunca saberei
Quando vejo já fiz e não o contrário quando fizer verei.
O que me resta
O presente, o ato, o sujeito na voz ativa
Cansei de quimeras
Caso contrário vida não há
Farsa haverá
A certeza que tenho é da certeza que não possuo
Que não quero possuir
Que não me possui
Intrigo-me de tantos, de tantas
Mas poucos em mim ficam
E de mim se hospedam
Ou eu os quero em mim
Sim e por que não a morte?
Será a morte o fim ou o começo?
Será a morte morte ou morte a vida?
A vida começará da morte certamente e não o contrário
E se pensar um pouco normalmente é assim
Matamos nossos medos
Nossas antigas crenças iludidas
E nada será como antes
Nada mais estará imóvel
Tudo viverá
E como vivem se transformam
Crescem assim como eu
Já não sou a mesma de ontem
Certamente amanhã também já mudei
Durma, medo meu ( O Teatro Mágico)
Todo o chão se abre
No escuro, se acostuma
Às vezes a coragem é como quando a nova lua
Somos a discórdia
E o perdão
E nos esquecemos da cor que tinha o céu, assim
Como a saudade
Ou uma frase perdida
Durma, Medo Meu
Durma, Medo Meu
Hmmm, não
Às vezes um "não sei"
Janela, madrugada, luz tardia
E o medo nos acorda
Pára e bate o coração
Em pura disritmia
O medo amedronta o medo
Vela, madrugada, dia, assim
Como a saudade
Ou uma frase perdida
Durma, Medo Meu
Durma, Medo Meu
Amadurecência ( O teatro Mágico)
Bem vindos ao Teatro Mágico
Parto
Parto...
A poesia prevalece
A poesia prevalece
Primeiro senso é a fuga.
Bom na veradade é o medo,
dai entao a fuga.
Evoca-se na sombra uma iquietude,
uma alteridade disfarçada
inquilina de todos nossos risos.
A juventude plena e sem planos se esvai.
O parto ocorre.
parto-me
parto-me
parto-me
parto-me
Aborto certas convicções
a bordo deminios e munias
Flagelo-me
Exponho cicatrizes
E acordo os meus com muito mais cuidado,
muito mais atenção
E a tensão que parecia nunca não passar,
o ser vil que passou para servir para disservir,
harmonizar o tom, movimento som
toda a terra que devo do ar
todo o voto que devo parir
não dever ao de vir,
nunca deixar de ouvir
com outros olhos...
com outros olhos...
com outros olhos...
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Baú (Vanessa da Mata)
Vou lhe jogar no meu baú
Vivo e mágico
Com as coisas boas que tem lá
Os meus desenhos herméticos
As palavras de Da Lai Lama
Quem sabe você adora
Quem sabe se transformará
Meu bauzinho de memória
Os meus livrinhos de receita
Quem sabe se sensibiliza
Quem sabe se transformará
Vamos seguindo acordando cedo
Você só reclama não age
Você fica dormindo à tarde
E tudo vai dando nos nervos
Vamos seguindo acordando cedo
Você só reclama não age
Você fica dormindo à tarde
E tudo vai dando nos nervos
Não corre atrás das suas coisas
Vive aqui choramingando
Todos já foram embora
Você só sabe reclamar
A voz doce de João
Amansará sua revolta
A comida de Dona Vantina
Quem sabe se transformará
Rancoroso com raiva de tudo
Do fulano com seu carro novo
Não vê que ele trabalhou muito
Você pode se esforçar
Pois vamos seguindo acordando cedo
Você só reclama não age
Você fica dormindo à tarde
E tudo vai dando nos nervos
Vamos seguindo acordando cedo
Você só reclama não age
Você fica dormindo à tarde
E tudo vai dando nos nervos
Upside Down
Who's to say
What's impossible
Well they forgot
This world keeps spinning
And with each new day
I can feel the change in everything
And as the surface breaks reflections fade
But in some ways they remain the same
And as my mind begins to spread its wings
There's no stopping curiosity
I wanna turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to Mother Nature's songs
I don't want this feeling to go away
Who's to say
I can't do everything
Well I can try
And as I roll along I begin to find
Things aren't always just what they seem
I want to turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to Mother Nature's songs
This world keeps spinning and there's no time to waste
Well it all keeps spinning spinning round and round and
Upside down
Who's to say what's impossible and can't be found
I don't want this feeling to go away
Please don't go away
Please don't go away
Please don't go away
Is this how it's supposed to be
Futuro
Fraciono-me em tantas, posso me transformar nas mais diversas figuras geométricas adequando-me a forma que pede a situação, em muito me encanta ter dentro de mim um tanto de geometria espacial ou melhor espaçosa. Por mais que odeie matemática, ao menos essa parte pude equalizar melhor ao meu modo estranho de ser.
Estar pronta para qualquer desafio que seja é meu combustível mesmo que não saiba qual o resultado das mais loucas e diversas incógnitas, mas sei que não consigo administrar tão bem tudo o que está em minhas mãos. Ter uma vida monótona, tediosa, sem ao menos dar uma única risada em um dia ou ficar um dia sem fazer alguém rir não faz parte do meu feitio, agora isso não quer dizer que nunca tenha chorado ou feito alguém chorar por conta dos meus atos e daqueles que de mim são próximos. Contudo deixo cada acontecimento tomar de mim seu tempo e seu espaço respirando-os profundamente para depois reter só o oxigênio que me faz crescer, pensar, viver. Depois transpiro o que me fez sair do meu normal até que retorne a minha temperatura habitual, para isso conto com minha memória seletiva até demais que me é bastante útil nessas horas.
Imprevisto e inesperado estão presentes na vida de todos, em certos momentos vilões em outros mocinhos, alguns batalham continuamente para retirá-los dos seus planos buscando cumprir ao máximo as regras dos seus trajetos não admitindo o que vier a fugir dos seus ilusórios planos perfeitos. Para mim eles já fizeram parte, desde sempre, do elenco principal da minha história não me frustro em ter que dançar conforme suas harmonias de vez em quando - penso que seja por isso que ciências exatas não são muito afins das minhas narrações cotidianas - Sejam quais forem as notas por eles tocadas, as canções por eles compostas, as acompanharei chorando ou cantando euforicamente seu refrão, mas nunca os tirarei do papel principal dos meus roteiros.
Não nego que tento arquitetar, programar, prever o que farei do futuro, mas sei que são apenas cogitações, é preciso contar constantemente com o dedo dos meus dois protagonistas os quais sempre põem em xeque quaisquer que sejam as minhas especulações. Há momentos em que tudo foge do nosso controle e só nos resta estar prontos para os embalos e abalos que virão e quem sabe, com muita astúcia, conseguir torná-los parte do nosso ritmo, do nosso timbre, dos nossos acordes navegando não contra nem a favor simplesmente, mas ao lado dos ventos que escolheremos. Mas não deixe tudo ao encargo do destino ele já tem ocupações suficientes, não seja mais um dos que não toma partido com nada e são apáticos sociais relutando em fazer algo pelo seu próximo, sei que é bem mais fácil conformar-se com tudo apenas balançado a cabeça diante dos acontecimentos isso é bem menos doloroso, mas a dor faz parte do crescimento ela nos torna mais fortes nos fornece os anticorpos necessários para suportarmos as mazelas que ainda estão por vir e que inquietarão as nossas reflexões até que achemos ou não alguma resposta, para mim pior é nem tentar procurar uma.
Tente também. Mesmo que erre quantas vezes for necessário, pois “o ser humano não pode deixar de cometer erros é com os erros que os homens de bom senso aprendem a sabedoria para o futuro” (Plutarco). E conheça o mais que puder “depois que conhece uma nova idéia, a mente do homem nunca pode voltar a suas dimensões originais” (Oliver Wendell). Por isso construa novos horizontes, faça disso uma constante em você, não ponha cabrestos em seus olhos exteriores e interiores principalmente, contudo não adquira qualquer ensinamento sem antes construir suas próprias inferências raciocinando, questionando, formando sua opinião, sua crítica. Mas nunca..., nunca tenha medo de mudar.
Sei que possuo ideais muito ingênuos, eles ainda estão por passar pelo teste da prática, só não os venderei por conta de modismos ou me renderei só porque as ondas são bem maiores que minha casa. “Eu aposto o oposto que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples, um sujeito e sua visão” (Fernando Anitelle)
Mahatma Gandhi
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Mutualismo Social
Como é fácil se dissolverem ilusões, claro que seria bem mais fácil e agradável acreditar que em algum momento elas foram reais, contudo isso não é viver é sonhar e sonhar sempre podemos o que não quer dizer que se realizem e na maioria da vezes é o que acontece. Viver no sonho não é possível um hora temos que descobrir o que realmente somos, o que queremos de nós e o que faremos para os outros em vida partindo para uma outra dimensão ainda em construção o cotidiano, é mais ou menos como acordar e perceber o quanto estava perdida em caminhos pouco prováveis.
Por mais que idealizemos, a experiência prática nos dá lições inesquecíveis e de grande valia. O que seríamos sem os outros a nos ensinar como viver? O que seríamos sem que houvesse alguém que nos confrontasse e nos fizesse repensar e assim, aos poucos, vai nos modificando, ou fortalecer o que de certa forma já sabíamos que deveríamos acreditar também auxiliando na expansão de nossos pensamentos?
A cada novo amanhecer me surpreendo com as novas lições que aprendo enquanto ser em sociedade, claro que existem atitudes que me chocam, me entristecem, me paralisam, mas ao mesmo tempo me fazem refletir. De certa forma não há mal algum que se eternize, de alguma maneira ainda existem pessoas que me surpreendem com as suas ações desprovidas de interesse pessoal unicamente pondo em suas decisões a sociabilidade, tentando modificar um pouco a vida daqueles que dele estão próximo.
Sei que acabo de falar que viver sonhando não é possível e que de alguma maneira os dois últimos parágrafos parecem para a maioria um tanto utópicos, o que discordo certamente. Na verdade o que a mim parece faltar é disposição. Disposição dos poucos que possuem muito em compartilhar com os muitos que não possuem nada finalizando a conta com um denominador comum. Eu sei que muitos acham ser isso impossível, para mim pensar assim é ilusão. A questão é que modificar práticas já tão enraizadas numa determinada cultura não é algo realizável a curto prazo, talvez eu morra e tudo continue da mesma forma o que não quero é que de mim, com os possíveis atos que possa realizar, fique só no possa e não realize nada.
Parece clichê, mas o mundo muda quando a gente muda e não adianta nada querer repassar essa responsabilidade para uns poucos que até hoje demonstram pouco interesse em usar o poder que os foi concedido perante as leis para fazer algo em benefício de todos igualitariamente.
Se somos seres sociais e o exemplo é algo que nos marca intensamente por que não modificar a nossa postura perante o que hoje observamos desencadeando uma reação chamada de efeito dominó nas pessoas mais próximas, mesmo sabendo que o resultado poderá não ser único e exclusivamente em nosso retorno? Por que não se utilizar da nossa arma mais natural o nosso comportamento para de alguma maneira transmitir uma mensagem sutil sem desmerecer a importância terrível de seu conteúdo, afinal como dizia Sócrates o que você faz é o que caracteriza o que você pensa e o que você diz. Eu estou tentando mudar minha postura e acreditem eu mais do que ninguém sei o quanto é difícil, mas compreendo que sou maleável o suficiente para transformar-me e exercer um pouco da minha pouca experiência em benefício de alguém, de alguns ou de muitos quem sabe? E eu sei que deles também adquiro milhões de ensinamentos é o que chamo de mutualismo social.