Assim como tudo se expande, mas em algum momento se contrai ou contrair-se-á, assim como todos os planetas voltas dão, mas em algum momento passam pelo mesmo lugar sei que (re)visito diversas idéias carregadas do mesmo significado dado a séculos. Não sei se isso é bom ou ruim, o que é bom ou ruim? Como saber qual o certo ou o errado? Se o que é certo para mim pode ser o errado para você ou o contrário. Como atingir uma verdade plena se nunca ninguém nos revela tudo o que sabe, só conhecemos aquilo que as pessoas querem nos mostrar e nem sempre essa vitrine é verdadeira. Até mesmo essas palavras, essas que acabo de escrever, estão passíveis de outras interpretações que não sejam as que eu gostaria de transmitir depende da intenção do leitor, do que busca o leitor nessas breves palavras, nisso eu tenho que concordar. Como encontrar o sincero então, como achar os raros, aqueles que são o que são e não o que dizem ser? Eles existem? Onde se encontram? Como descobri-los?
No momento vejo que estou sem ter onde apoiar-me, a cegueira cessa, mas me encontro em caminhos de fumaça, em mar bravio, numa nau sem velas. Qual será a sinalização necessária para que encontre em meio a neblina o visível? Joguem-se cordas, cordas de conhecimento, joguem-se palavras que tentarei decifrá-las, quem sabe eles serão a saída, se é que saída existe. O quê existe? O que é de fato real nesse mundo de farsas?
Dúvidas, duvidas? Divida-as
Hermético achas? Ou não compreendes?
Nem precisa
São devaneios
Digressões que possuem contexto, mas no momento não os explico
Omito
Não importa também, o quê importa?
São tantas as prioridades
Aliás quais virão primeiro?
As prioridades das prioridades, será possível?
Tentemos uma encontrar:
Vida penso.
Que vida tenho? Qual vida aspiro?
Vida é vida oras não é preciso caracterizá-las
E nem há uma que se sobreponha a outra e possua mais significado
Pois são singulares e plurais simultaneamente
Mas é preciso escolhas
Quais as certas?
Nunca sei, nunca saberei
Quando vejo já fiz e não o contrário quando fizer verei.
O que me resta
O presente, o ato, o sujeito na voz ativa
Cansei de quimeras
Caso contrário vida não há
Farsa haverá
A certeza que tenho é da certeza que não possuo
Que não quero possuir
Que não me possui
Intrigo-me de tantos, de tantas
Mas poucos em mim ficam
E de mim se hospedam
Ou eu os quero em mim
Sim e por que não a morte?
Será a morte o fim ou o começo?
Será a morte morte ou morte a vida?
A vida começará da morte certamente e não o contrário
E se pensar um pouco normalmente é assim
Matamos nossos medos
Nossas antigas crenças iludidas
E nada será como antes
Nada mais estará imóvel
Tudo viverá
E como vivem se transformam
Crescem assim como eu
Já não sou a mesma de ontem
Certamente amanhã também já mudei
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